Palestra pela manhã aos Yogis Seminário do Shri Krishna Puja

(Switzerland)

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Palestra pela manhã aos Yogis Seminário do Shri Krishna Puja Schwarzsee, Suíça 23.08.1986

É tão gratificante e causa tanta alegria ver todos vocês aqui hoje.. reunidos para fazer o Shri Krishna Puja. Vocês conseguem Me ouvir? Não? Não conseguem ouvir. Você pode conectar atrás? Ver tantos Sahaja Yogis reunidos aqui, Eu tenho certeza que o demônio deve ter fugido há muito tempo atrás. E a caravana deve ter partido, mas Eu espero que estejamos conscientes disso… e esqueçamos dos nossos medos, dos nossos bloqueios, de nosso passado, de toda a insensatez que fizemos até agora. De repente, em Minha presença, Eu acho… que as pessoas entram em um sentimento de culpa. Eu estou aqui para acalmá-los, para purificá-los, para torná-los belos e não para se sentirem culpados. Na verdade, quando começamos… a nos observar, a primeira coisa que vocês notam é que… há um bloqueio no Agnya, mas esse bloqueio no Agnya é a pior coisa… que pode nos acontecer, porque o Agnya é a porta da Kundalini. Ela chega até o Vishuddhi bem, e depois Ela tem de se mover para frente, este Agnya A detém.

É por isso que temos bloqueio no Vishuddhi Esquerdo, nós temos todos os problemas de Vishuddhi. O fluxo não pode se estabelecer. Essa também é uma das razões pela qual nos sentimos culpados, por causa do Vishuddhi Esquerdo. É sintoma de uma doença. Hoje nós iremos venerar Shri Krishna. Então nós temos de compreender, antes de tudo, que nós somos Sahaja Yogis. Nós não somos pessoas comuns… ou somos pessoas que não conheceram a verdade, nós conhecemos a verdade. Nós temos de estar completamente conscientes disso. Essa é uma verdade que se você estabelecer, você se estabeleceu muito. Agora, as pessoas comuns, como vocês têm visto na Oxford St., eles usam roupas indianas presas de forma estranha, eles não sabem como prender dhotis e saris, e eles raspam suas cabeças… e compram alguns desses, o que vocês chamam, shindis ou bodhis ou não sei do que vocês chamam, rabos, rabichos, e os prendem com uma cola, e eles começam a dançar.

Quando eles dançam, os rabichos deles caem, e os saris e os dhotis, tudo começa a abrir. Isso é muito engraçado, uma cena patética. Em um lado você vê os punks e no outro lado, você vê essa insensatez, em nome de Shri Krishna, isso é ainda pior. Os punks não fazem isso em nome de – Eu não sei se eles fazem isso em nome do rei Salomão. Mas eles fazem isso em nome de alguém, dessas pessoas que são tão grandiosas quanto Shri Krishna. Pelo contrário, o cabelo de Shri Krishna está descrito… em todos os livros… e em toda poesia que os poetas puderam cantar sobre isso. Ele nunca teve cabeça raspada. É impossível entender como essas pessoas tiveram a ideia… de que você deve raspar sua cabeça. Assim, o aspecto de Yogeshwara de Shri Krishna … tem sido muito mal compreendido. Ele é totalmente mal compreendido porque não podemos compreender… que a verdade está coberta com maya, sempre.

E você deve manter a maya em um lado e dirigir-se à verdade. Ao invés disso, nós nos perdemos na maya. Como um exemplo muito simples, na realidade, Ele é um Yogeshwara, então essas pessoas têm uma ideia de um yogi, que ele deve ser raspado, deve vestir esse dhoti, um dhoti sujo, e deve colocar um rabicho. Um outro conceito, maya é um conceito. E quando você começa a viver com esses seus próprios conceitos, você talvez os reúna em alguma outra coisa. Você pode achar que Cristo era uma pessoa que era um sanyasi, que usava um outro tipo de manto, e Ele tinha uma barba e tinha o cabelo deste jeito. Todas estas ideias: “Se nos tornarmos assim,” “nós seremos yogis muito grandiosos.” Todos estes são nossos conceitos sobre alguém que nunca vimos, que nunca conhecemos. E porque nós vivemos com esses conceitos, nós ficamos limitados. É muito difícil para essas pessoas avançarem, porque a maya só pode ser quebrada através da Realização.

É por isso que a primeira coisa na Sahaja Yoga é a Realização. Tenha a Realização. Você é um bêbado, tudo bem, tenha sua Realização. Você é um viciado em drogas, tenha sua Realização. Você é um homem mau, tenha sua Realização. Qualquer um, tenha sua Realização primeiro, coloque primeiro a luz numa pessoa. Deixa-a ver por si mesma. Assim, toda essa identificação com diferentes conceitos… é responsável… por nos dar uma mayami ou uma personalidade ilusória. Nós vivemos em uma personalidade ilusória, vivemos com isso, gostamos disso e achamos que estamos perfeitamente bem. Agora, se vocês são conscientes de que são Sahaja Yogis… e vieram para cá para o Shri Krishna Puja, qual é a preparação que temos de fazer?

Nós somos Sahaja Yogis, nós sabemos sobre a Kundalini, nós sabemos sobre os Vishuddhis, nós sabemos sobre Shri Krishna. Tudo bem, como iremos nos preparar… para o Puja de Shri Krishna? Antes de tudo, Ele tentou quebrar todos os conceitos. O primeiro conceito que Ele quebrou… foi que você tem de ser como um asceta na aparência. Ele quebrou esse conceito, Ele viveu como um rei. Em Sua infância, Ele ia e brincava com as vacas. E Ele usava… uma pena de pavão para adorná-Lo, e Ele ouvia a bela música… do rio Yamuna e a reproduzia. Ele era Leelala. Ele era Aquele que criava todos os tipos de júbilo. Como é “júbilo” em francês?

Eles não têm júbilo, Eu creio. – Eles não têm. – Hã? Não? Não, não é diversão, doçura. Não é diversão, é mais do que isso, é júbilo. Júbilo é mais doce do que diversão. – Diversão doce. – Tudo bem, diversão doce. Que palavra!

Diversão doce! Isso é júbilo. Agora, o que está lhes acontecendo é júbilo. Eu estou criando júbilo, no qual vocês sentem cócegas. Júbilo é algo em que você sente cócegas. Então, Ele tentou criar júbilo, nunca seriedade, mas Ele não era frívolo. Ele era Yogeshwara. Ele não era frívolo. Portanto, essa diferença entre frivolidade… e júbilo deve ser entendida somente através Dele, porque Ele também é o discernimento. Júbilo dá alegria, frivolidade é destrutiva.

Se você faz qualquer coisa frívola… Portanto, nós temos de estar em um estado de júbilo. Então está fora de questão se sentir culpado, vocês não são prisioneiros, são? Nós somos prisioneiros de nossos próprios conceitos… e de nossas próprias ideias e de nossa própria degradação. Nós nos degradamos, Deus não. Portanto, nós devemos estar no estado de completo júbilo e alegria. Choveu, tudo bem. Essa é uma coisa muito boa de acontecer hoje. Ontem Eu estava ouvindo o programa, Eu só estava rindo, porque Eu sabia que aquilo não funcionaria daquela maneira. E na Índia, neste dia, quando eles celebram de manhã, as crianças do vilarejo ou as crianças de determinadas regiões… se reúnem. E os chefes de família amarram uma pequena jarra para elas, que chamamos de “matka”, e há dinheiro dentro dela, qualquer coisa de valor que eles queiram dar às crianças, doces, tudo é colocado dentro, e é pendurada.

Normalmente chove, se não chover, então eles derramam água nas crianças… para fazê-las sentirem que está chovendo. A chuva está muito conectada com Shri Krishna. Então as crianças vêm… e elas vão de uma forma em que os meninos mais altos são os primeiros, depois os menores, depois os menores, como uma pirâmide, ele vão subindo de nível até que no final há um menino… que fica representando Shri Krishna, e então ele quebra aquilo, E tudo cai… e flores, tudo cai neles, eles pegam o dinheiro, pegam todas aquelas coisas… e começam a se divertir. Depois eles vão a outro lugar, o dia inteiro, eles ficam caminhando pela cidade desse jeito, e todo bom chefe de família amarra… essa matka para essas crianças, para elas virem e se divertirem. Isso é no sentido verdadeiro, é o Krishna Astami em Gokul, onde Ele viveu como criança. Agora, por que Ele é tão conectado com a chuva? Uma vez, todos os Seus amigos e Ele estavam cuidando das vacas… e Indra percebeu que Ele é muito poderoso, de algum modo, Eu não sei, Ele às vezes fica com ciúmes. E Ele enviou a chuva para testar Sua paciência, Sua leela, Sua brincadeira, Seu júbilo. Choveu e choveu e choveu e… eles não sabiam o que fazer. Então havia uma montanha chamada Govardhan.

Shri Krishna a levantou com seu graveto… ou com Seu dedo… e a colocou em cima de Seu dedo, deste jeito. É por isso que Ele é chamado de Govardhan Dhari, E a montanha inteira ficou no alto… e todas as crianças se juntaram a Ele e as vacas… e Ele pediu às crianças: “Vocês também podem colocar…” “seus gravetos para ajudar.” E todos eles colocaram seus gravetos e ficaram em pé muito docemente… segurando Govardhan. Este é um de Seus nomes: Govardhan Dhari. Assim, a chuva tinha de vir… e as vacas com seus sinos têm de nos lembrar. Imaginem, o lago tem um nome que significa “preto”, “Krishna” significa “Preto”, a própria palavra “Krishna” significa “Preto”. Como sahaja a coisa toda se realizou. Vocês conseguem ver que as coincidências são tão sahaja? Mas são tão claras. E estamos sentados aqui, está chovendo, agradavelmente desfrutando tudo.

Mas ao contrário, quando começamos a não desfrutar, nós fazemos o jogo ou de nosso ego ou de nosso superego. Vamos supor que somos pessoas famintas, torturadas, então começamos a tornar os outros como nós. Nós gostamos de fazê-los sofrer e os torturamos. É por isso que Eu sempre digo: “pobreza é lepra”. Qualquer um que esteja na probreza… pode desenvolver coisas horríveis dentro dele mesmo. Nunca se deve tomar partido disso, solidarizar-se com isso. mas deve ser completamente irradicado. Um outro lado está o ego onde nós tentamos dominar os outros… e gostamos disso. Não há nenhuma alegria, não há nenhuma alegria em dominar os outros e dizer coisas aos outros. Eu fiquei triste ao ouvir ontem que… há algumas moças que se casaram, algumas moças indianas que se casaram… e os seus maridos não as estão respeitando e as estão perturbando; Isso Me fere muito.

Isso mostra que eles são pessoas de nível muito baixo, de nível muito baixo. Tamanha mediocridade, pessoas tão imprestáveis. Eles nunca deveriam ter vindo para a Sahaja Yoga… e nos enganado desse jeito. Eles irão direto para o inferno, posso lhes dizer isso. Agora, há alguns que estão bloqueados com o superego deles, eles sofrem de algum tipo de estranha esquizofrenia na Sahaja Yoga. E eles não querem se livrar nisso. Eles simplesmente não querem entender que… eles não são pessoas normais, que eles têm de estar perfeitamente bem. Eles tornam todo mundo infeliz, eles vão a todos os lugares onde não deveriam estar. Como por exemplo, uma pessoa que contraiu, digamos, tuberculose, uma doença que é contagiosa, deve entender que ela tem tuberculose, mantenha distância, não a transmita aos outros, pelo menos. Mas aqueles que têm badhas certamente virão, também darão grandes palestras.

Eu começo a vê-los como grandes bhoots falando, ou mesmo que eles tenham badhas, eles virão a um lugar… onde não deveriam estar. Eles colocarão suas mãos nos prasad, eles ficarão sentados no puja na frente, eles ficarão fazendo todos os tipos de coisas, bloqueando as pessoas. E eles gostam disso porque eles estão identificados com os badhas. Como eles melhorarão? Há um sujeito, que é cheio de bhoots, nós o tivemos… por, Eu acho, por pelo menos “um século”, Eu devo dizer, e ele fica dando sermão aos outros, “Você deve limpar os sapatos…” “de todos os Sahaja Yogis, para você se livrar de seu ego.” Assim, pessoas tão grosseiras, depravadas e de baixo nível… ainda estão na Sahaja Yoga. Então a alegria da Sahaja Yoga se torna menor. Se você comer arroz com pedras, como você desfrutará isso? E isso é o que é. Nós estamos aqui para desfrutar as bênçãos de Deus, para ter o júbilo, mas nós ainda estamos vivendo… com todas as coisas que matam a alegria que nós temos. Como iremos nos livrar dessas coisas.

Então pelo menos não nos tornemos espinhos na vida dos outros. Assim, o assim chamado livre arbítrio, Eu estou feliz por Rustom ter lhes falado sobre isso, não é nada além de seu ego e superego, porque você não está no centro. No centro, você não tem nada além de liberdade, só isso, nada além de liberdade, nada como livre arbítrio, mas sim liberdade, completa liberdade. Não há nada como vontade ou nada como bhoots, nada como escravidão, é um avenida inteira de liberdade. Então essa liberdade é o conhecimento, essa liberdade é o amor, essa liberdade é o discernimento. Então você diz que Deus lhe deu liberdade… e deu liberdade aos outros igualmente, então você age de modo que não restringe você nem ninguém, porque isso é conhecimento, é discernimento. A idade não importa, qual é a sua idade. Eu tenho visto também algumas pessoas muito idosas cantando belamente e… desfrutando a Sahaja Yoga e Me fazem feliz também. A vida é para nos desfrutarmos, para nada mais. Mas porque não somos pessoas livres, não conseguimos desfrutar.

Não há nenhuma escravidão… de nenhum pensamento diabólico… que o oprima. Isso é tão sutil, mas penetrando em cada coisa que é grosseira. Essa é a bela flauta de Shri Krishna… que cria um quadro da natureza. A descrição [expressão em Sânscrito], a coisa toda se torna silenciosa como um quadro. Assim, esta noite teremos o puja, teremos toda a alegria… das bênçãos de Shri Krishna sobre nós. Não há fim para as histórias de Shri Krishna, todas cheias de júbilo e brincadeira… e inocência que mata rakshasas, demônios. Então hoje, Eu lhes falei sobre Sua infância… e no puja Eu lhes falarei sobre o Gita. Que Deus os abençoe.